Dexaketo

Passaram alguns dias e a isolada Luiza estava ainda mais isolada no colégio.  De repente, na saída, um encontro. Leazinha estava ali diante de Luiza. No primeiro momento, Luiza quis fugir do encontro, mas Leazinha suplicou para filha. As duas precisavam de uma longa conversa.

Na casa de Adelina, Leazinha pergunta para Luiza se era verdade que ela estava diferente. Luiza, tomada pela raiva, exclamou que era complicado ser a mesma, depois de ver o pai morrendo pela ausência da mãe. Leazinha pede para Luiza sentar, ela precisava ouvir uma série de coisas. Primeiramente, Leazinha deixou bem claro que sua saída daquela casa ocorreu por uma questão de sobrevivência, visto que ali ela era maltratada a todo instante, considerada apenas mais uma peça dentro de casa, considerada apenas mais um objeto, um móvel, estava ali apenas para ser usada quando fosse necessário. Luiza tenta retrucar, mas Leazinha resolveu despejar toda a verdade que sentia no peito.

Leazinha confessa que foi embora, graças a uma mulher fascinante que ela conheceu, mas essa mulher não era sua namorada, era apenas uma amiga que não suportava mais a ver destruída. Leazinha relembra que largou uma carreira de sucesso para ser mãe, e era muito cruel ela vê que todos os anos de sacrifícios, foram em vão, visto que a filha era apenas um escárnio, uma tragédia, o pior tipo de ser humano que se podia ter na face da terra. Além disso, ela tinha um marido terrível, que só lembrava de sua existência, no momento de exibir para amigos, momentos sociais ou em momentos de sexo.

Luiza cai aos prantos, era terrível ouvir da própria mãe que ela era o pior ser humano da face da terra. Leazinha afirmou que queria viver uma nova vida ao lado dessa nova filha, uma filha que não a chamava de puta, porque o seu pai vivia jogando na cara dela que sua mãe só tinha casado com ele por dinheiro. Leazinha afirmou que naquele instante da vida dela, ela não tinha um centavo, dependia dessa amiga e de Adelina, sua mãe. Era difícil conseguir ser modelo depois dos 40 anos. Luiza se sentia envergonhada, mas agora ela entendia um pouco como ela era uma pessoa perversa. Leazinha pede um abraço da filha, e recebe.

O tempo passa…