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Um Pouquinho de Amor Não Faz Mal a Ninguém – Capítulo 4

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Assim foi feito. Bernardo ia me namorar na minha casa, dávamos uns selinhos “sem graça”, pegávamos nas mãos e ele pedia para irmos na casa dele. Apesar da minha família ser tradicional, como eles temiam eu ser gay, eles abriam essa exceção, acreditando que o Bernardo e eu íamos para casa dele fazer o algo mais, o que não era verdade.

Quando estávamos saindo do meu apartamento, ele mandava mensagem para Luiza. Quando chegávamos no apartamento dele, Luiza já estava lá. Entrávamos todos. Quando ficamos só, Bernardo ia jogar videogame, enquanto eu e Luiza íamos namorar. Essa paz toda permitiu, inclusive, a eu e Luiza termos nossa primeira relação no quarto dele. Tudo deu certo por muito tempo.

Um certo dia, Jon, meu irmão mais velho, viu Luiza no corredor do apartamento de Bernardo. Até aí, tudo bem. Porém, ele ficou desconfiado, pois após alguns segundos ele entrar em nosso apartamento, eu e Bernardo saímos. Ele correu para a porta, e por uma brecha, viu que Luiza também entrou com a gente no apartamento de Bernardo. Os sensores homofóbicos dele logo anunciaram que algo acontecia ali.

Durante alguns dias, Jon passou a observar que isso ocorria sempre. Então, resolveu fazer algo para descobrir o que realmente acontecia.

Quando já tinha certeza que Luiza entrava lá para me namorar, Jon pegou o Drone que tinha e fez este entrar no apartamento de Bernardo por uma janela aberta. Completamente asilado no videogame, Bernardo não percebe a presença daquela máquina em seu lar. Como eu e Luiza estávamos completamente rendidas ao prazer, também não percebemos aquela máquina nos filmando por uma brecha da porta, que inclusive, esquecemos de fechar, visto que nunca nos incomodamos com isso.

As imagens filmadas pelo Drone estava sendo enviadas imediatamente para o notebook de Jon, que filmava tudo com ódio e nojo do que via. Com o vídeo, já como ele queria, Jon traz o drone de volta, exatamente, pela mesma janela.

Quando voltei para casa, Jon estava na sala. Olhando pra mim, quebra o copo cheio de whisky ao atirá-lo no chão. Com os olhos vermelhos, espumando de raiva, ele grita: “Sapatão!”

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