Letra
Oooo tem kizomba no terreiro,
Ooo salve o samba verdadeiro,
Sou raiz de gente bamba e não vou negar
A mooca é o meu lugar!
A luz do candeeiro alumiou,
Me faço um griot aos pés de um baobá,
Sou eu quem chora o açoite,
Na sombra da noite, quem singra o mar.
São tantos sonhos a beira do cais,
Tantas lembranças dos meus ancestrais,
Marcando as tramas que a vida me deu,
Herança que não se perdeu.
Um fio de esperança enfim renascerá,
Ao som de aguerês e alujás
Pirapora ê pirapora,
A romaria bom jesus abençoou
Tem jongo, tem batuque até o dia clarear
Lerê lerê escondido da sinhá.
Retalhos se encontram no infinito,
Rio a baixo vai seguindo a procissão,
Bem mais que preto, verde e branco ou colorido
Eu vejo o mundo no estandarte de um cordão.
Saudade se traduz em poesia,
Num lindo pavilhão a tremular,
És a bandeira do samba, “manto sagrado”
A ti vou me curvar


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