Dexaketo

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Ao fim do treino, Studart pergunta sobre como o Bela Moça conseguiu chegar tão longe, mesmo com as expectativas tão baixas. Leazinha disse que o Ser humano é um ser que não percebe seu potencial ao todo, sempre é outro ser humano que consegue ver isso. Ela confessa que não acreditava muito no elenco, mas a falta de recursos para montar um time, fez com que ela buscasse o melhor dentro de cada um, pois tendo um motivado, o grupo já ganha. Tendo o grupo motivado, é quase impossível perder. Não importa o que vem do outro lado, a técnica, a habilidade e a ciência são fundamentais, mas aos 45 do segundo tempo, é o coração que faz a perna cansada ter força para se fazer um gol e depois erguer uma taça. Studart agradece por tudo que Leazinha fez por ele e pelo menos meninos mais novos. Ela abraça e Studart e pede empenho, pois sabe que aquele elenco foi feito para ser campeão.

Passam-se os dias, era hora do jogo. A torcida empurrava ambas equipes. O Timbone vinha de uma campanha espetacular, o vice-campeonato na Thiago Heleno, provava que era um time feito para ser campeão. Do outro lado, o Bela Moça vinha motivado e com a inteligência tática de Leazinha. Era um jogo só, porém o Timbone tinha a vantagem do empate por ter terminado em 1º no Grupo B, enquanto o Bela Moça havia sido 2º no A, ou seja, o Timbone começava o jogo classificado para a Final, o Bela Moça que buscasse mudar essa situação.

Com a bola rolando, o Timbone provava que a vantagem não impedia o time avançar ofensivamente e buscar a vitória. Porém isso seria um erro gravíssimo. Leazinha passou a pedir para o Bela Moça recuar, pois o Timbone não jogaria retrancado como ela imaginava. Ela sabia que tinha Gotardo para escapar pelas pontas.

Com poucos minutos do segundo tempo, o Timbone ameaça retrancar, visto que o gol que “mataria” o jogo não tinha saído, porém já era tarde. Toledo viu Gotardo escapando na ponta. O atacante belamotino parecia um carro de Fórmula 1. Uma velocidade espetacular, um domínio espantoso e um chute certeiro, sem tremer diante do goleiro. O Bela Moça estava na frente. O Timbone teria que continuar no ataque, sabendo do risco que tinha com Gotardo. Leazinha pede para o time manter, se conseguiu segurar 64 minutos, conseguia segurar mais 30.

Já com mais de 40 minutos do segundo tempo, o Timbone se desespera, e o time conhecido pela classe, parecia um time cheio de novatos. Foi aí que Gotardo escapou novamente. Parecia replay, porém não era. O 2×0 era uma realidade. No banco, Bernardo começava a chorar, o Preparador Físico pergunta o porquê do choro do capitão. Bernardo gaguejava, mas dizia: “Estamos na Final! Cara, estamos na Final!”.

O Timbone morreu após o segundo gol, o jogo durou apenas por obrigação. Quando o árbitro apitou, jogadores, comissão técnica e torcida só sabia festejar. A Final era uma realidade! Leazinha conseguia cumprir com 90% do combinado.

Na coletiva de imprensa, pergunta se algum repórter queria saber do relacionamento com Bernardo ainda, ou a Final já era o suficiente. Um repórter solta que Leazinha só deveria vir com ironias, se fosse campeã. Leazinha sorrir e manda beijinho. A imprensa fica louca com as loucuras de Leazinha naquela coletiva. Ela foi tão nojenta quanto os caras haviam sido toda temporada.

O tempo passa… Chegamos na Grande Final… Mais uma vez o LEJ. E agora, Leazinha? Era hora do título?