A Treinadora Dexaketo Textos

A Treinadora – Capítulo 9

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Os jogadores subiram para o gramado, Leazinha foi para sua área técnica. Começava o jogo mais importante da temporada.

O duelo contra o Leacity é pegado, disputado a cada bola. Valia muito para ambas equipes estarem na Taça Giuseppe Fiorentino. Leazinha e Armando (treinador do Leacity) ambos tiraram suas equipes do sufoco e as deixaram vivas para o G-20. O primeiro tempo tão disputado só podia ser zero à zero.

No vestiário, Leazinha pede letalidade ao time, ou seja, se tiver a chance, não pensar muito e apenas executar. Ela sabia o quanto era difícil controlar as emoções em um jogo com tanta coisa em jogo. Leazinha afirma que quer muito a vitória, porque queria está na “Giuseppe” para ganhá-la, mas se ela não ocorresse iria aplaudir aquele elenco pela reação que teve para evitar o trágico rebaixamento. Ela vai em Bernardo e diz: “Eu sonhei que você faria o gol da classificação, não costumo errar em meus sonhos.” Bernardo sorrir e afirma: “Só em saber que sonhou comigo, já sou o homem mais feliz e motivado de todos.” Leazinha rir, pede empenho e bora pro segundo tempo.

O jogo reinicia, e o Leacity acerta o travessão com 10 minutos. O jogo continua truncado, até que Studart, olha para Leazinha e a ver sinalizando a existência de um “buraco” na defesa do Verdão de Sales. Eram 23 minutos, quando Studart recebe de João Gabriel e arranca rumo ao gol nesse buraco. Sem ninguém o marcando, ele chuta forte, a bola bate no travessão e volta pra área, aonde de “peixinho”, Bernardo marca. O estádio vai à loucura. Era o gol da classificação!!

O jogo prossegue com uma pressão forte do Leacity, porém time bem treinado e unido é outra coisa. O Leacity controlava as ações, mas nem próxima do gol a bola chegava. Nem o “ferrolho suíço” se assemelhava ao que o Bela Moça fazia naquele instante.

Aos 42 minutos, erro grotesco do Leacity, muito culpa do desespero. A bola fica redonda no pé de Bernardo, que arranca sozinho do campo de defesa até a grande área. O goleiro do Leacity ainda tenta sair para o abafa, mas acabou tomando o gol de cobertura. 2×0, Bela Moça classificado para a Taça Giuseppe Fiorentino. Na hora do gol, Bernardo chama a torcida, aponta para Leazinha e pede os aplausos. O estádio, de pé, ovaciona o capitão e a treinadora. Leazinha começa a chorar, com as pernas bambas, resolve ir sentar no banco. Toda a “dureza” da treinadora sai naquelas lágrimas. O Bela Moça estava na Taça Giuseppe Fiorentino!

Aos 50 minutos, o árbitro apitou e a festa tomava o Arenão. O “pior” Bela Moça de todos os tempos estava entre os 20 melhores da Taça Thiago Heleno, e agora, iria disputar o título da Giuseppe Fiorentino.

Depois de ouvir elogios, atrás de elogios na coletiva de imprensa. Leazinha vai para o seu carro e  antes de ligá-lo para ir para casa, respira fundo e comemora sozinha o que o Bela Moça conquistou. De repente, Bernardo bate na porta e pede carona. Leazinha sorrir e concede. A carona foi até o apartamento dela. Estava na hora dela curtir um pouco da vida, e toda a dedicação do capitão merecia uma recompensa, apesar que ela só estava se permitindo viver algo proibido (para ela) uma vezinha. Muito sexo ao som de muito blues.

Passam 5 dias, o Bela Moça não jogaria mais em casa naquela temporada. A Taça Giuseppe Fiorentino ocorria toda numa província-sede, naquela edição, a província era a capital do país, Luprana. Agora era vencer ou ir para casa…

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