Dexaketo

Craque do vôlei cearense, Bruna Carvalho, atualmente, é uma das atletas que compõe o elenco Brasília Vôlei na Superliga. Multicampeã estadual, multicampeã universitária e eleita a melhor do campeonato em todos os Campeonato Cearenses que disputou, do Infantil ao Adulto.

Bruna tem um talento único, e com certeza, já escreveu seu nome em seu esporte, o Vôlei, aqui no Ceará. Hoje, esbanja sua qualidade no mais alto nível do Vôlei Nacional.

Com muito orgulho e alegria, tive a honra de acompanhar o surgimento dessa craque nas quadras e também de fazer essa entrevista só a massa com ela. Sim, gente, ela é craque e gente boa demais!

Quando você começou com o Vôlei?

Essa pergunta sempre me fazem mas nunca sei dizer bem kkk, meus pais jogaram a vida toda até terminar a faculdade deles. Meu irmão mais velho, até hoje, joga! Então, entrei no vôlei naturalmente, por acompanhar eles, sempre fui aquela criança de beira de quadra. Mas acho q treinar de fato foi aos 11 anos.

Quais as facilidades e dificuldades que surgiram no começo?

O mais irônico é que eu sempre tive muita dificuldade pra “sacar por cima”, podemos assim dizer, não tinha força, não encaixava a mão, não sabia jogar à bola kkkk. Depois de tanto treino, posso dizer, que é um dos meus pontos fortes como jogadora. Acho que facilidades foi passar de toque, sempre gostei e como a regra não exige um toque limpo, a bola ia onde deveria e estava tudo certo kkkk

Quem foram os primeiros a te apoiarem neste caminho?

Meus pais, sem sombra de dúvidas, sempre me deram total apoio, até mesmo quando eu achava que não dava, eles estavam lá, me incentivando a tomar risco e assumir responsabilidades maiores.

Qual foi o melhor momento, até hoje, você viveu na modalidade?

A medalha de ouro no jogos universitários brasileiros (JUB’s) de 2019. Esse ano foi um ano difícil, com lesão grave que me afastou das quadras pela primeira vez. Lutei o ano todo pra conseguir voltar a tempo de competir, chegar no campeonato e subir no lugar mais alto! Foi a maior sensação de “consegui” que eu já senti na vida.

Qual foi o pior momento?

O início da pandemia, problema cotidianos que o vôlei, como qualquer outro esporte têm, foram se agravando naquele ano e a pandemia foi a gota d’água, mas aquele momento mais baixo, foi um divisor de águas pra mim. Com o apoio da minha família e de ótimos profissionais, eu saí daquele momento ruim, uma outra atleta.

Quais as metas mais ousadas para o seu futuro no esporte?

Eu nunca fui a melhor pessoa para metas kkkkk. Nunca pensei assim, sempre penso no trabalho de formiguinha, dar o meu melhor, todo dia no treino, pra quando o universo fizer a sua mágica, e me aparecer oportunidades, eu sempre estar pronta pra aproveita-las.

Quem são seus ídolos no esporte?

Fabizinha, Ayrton Senna e o Bernardo.

Como faz para conciliar vida social com vida esportiva?

Tenho amigos muito pacientes kkkk. Porque, na real, eu não concílio! Mas meus amigos entendem que eu sempre vou estar cansada, na maioria dos roles e dias de folgas. Determinados momentos são sagrados kkkk. Então eu tento realmente aproveitar e fazer valer a pena quando consigo encaixar algum evento com eles.

Um jogo inesquecível

Meu último jogo jogando pela seleção cearense, um 3×2 ganho por 16×14 no tie, contra o Rio Grande do Sul, jogo valendo o rebaixamento da divisão especial. Um dos jogos mais estressantes e emocionantes da minha vida. A responsabilidade e o frio na barriga do TEM que acertar cada bola! Mas Isso que faz o esporte ser tão incrível!

Um recado para quem está começando agora no vôlei.

Seja curiosa(o) e acima de tudo disciplinada(o). “Por que eu tenho q fazer a manchete assim?”, “Se eu bater desse jeito na bola o que acontece?”. Tenha paixão por aprender e melhorar. Assim o treino fica prazeroso, as dores musculares tem mais sentido. Quando a gente é curiosa, aprender, até nas derrotas, vão ser sempre uma experiência e nunca tempo perdido. Disciplina é muito importante, porque é muito fácil fazer o que tem que ser feito quando você tá com vontade, né? A mágica acontece nessa insistência.