Gesivaldo da Silva era o homem mais temido de todo o sertão do Nordeste. Ele era mais temido do que Virgulino mil vezes. Ele não era lampião, era uma usina termoelétrica completa. Nos sítios, cidades, ruas, fazendas e até naquela casinha de sapé, Gesivaldo fazia todos se tremerem na base. Ele apanhava bala nas unhas e matava cabra frouxo ou metido a valente com seu facão, o mesmo que ele usava para fazer a barba e cortar o cabelo. Ele não era metrossexual, era um quilômetro logo.
Um dia, com inveja de Gesivaldo, Virgulino, foi até a casa da mãezinha querida do atrevido, Dona Xismunda. Conversa vai, conversa vem, Lampião descobriu o ponto fraco do destemido rapaz.
Quando Lampião e Gesivaldo se encontraram na missa de Padre Cícero, foi um fuzuê danado pelas banda de Juazeiro do Norte, Crato e o Cariri inteiro. A bala ou o facão .. Quem venceria?
Antes da primeira bala “truar”, Virgulino pegou uma pequena caixa dentro de sua bolsa. Ao abrir a bolsa, uma bela e voadora barata, saiu de lá. No mesmo instante, Gesivaldo começou a se tremer todo, suava tão frio, que nem parecia tá no meio do Sertão. O povo logo mangou do ex-valentão. Enquanto Gesivaldo estava “congelado”, o coroinha se prontificou a matar temido ser. Após realizar o ato, aquele jovem de 11 anos, se aproximou de Gesivaldo e disse: “Cabra mole”. Tal humilhação, fez Gesivaldo sair vagando por este mundão. Reza a lenda que ele morreu, ao fugir de uma barata e cair dentro do Rio São Francisco, já que nunca soubera nadar.
Tal história, nos deixa o recado: “Nessa vida, nada é mais temido que uma barata voadora.”
