Eu fugia todos os dias do que eu mais queria nessa vida – Você. Era como um animal acuado, com medo de sua negação e do fim do meu amor platônico. Eu queria tanto você, que esse desejo me fazia apenas te ver. Era como me perder com medo de te perder!
Uma certa noite, estava diante de ti, te olhando com um caderno na mão. Você sorriu e gritou: “Ei” Eu me aterrorizei, desviei o olhar e fui na direção oposta. Você correu até mim, tocou meu ombro e perguntou meu nome. Totalmente gago, eu disse meu nome. Você riu e afirmou que me achava muito fofo. Me roubou um beijaço na boca e foi embora. Eu juro que fiquei sem entender nada, mas incrivelmente feliz.
No dia seguinte, você me notou de novo, pegou minha mão e me levou para dentro de uma sala dentro de nossa Universidade. Você me agarrou, tirou minha roupa e me comeu. Foi lindo o que fez comigo, sua cara de safada não saiu um segundo de seu semblante. Você gostava de brincar comigo e eu amava ser teu brinquedo. Você adorava meu gemido e eu adorava muito quando você se esfregava em mim.
Após ter me usado, você me deu um beijinho no rosto e disse que adorou tudo o que vivemos. Depois disso, nunca mais falou comigo, nem sequer deu um oi, mas quando olhava pra mim, demonstrava que qualquer dia, quando você quisesse, me usaria de novo.
O tempo passou e vivemos essa vida de desconhecidos que transavam quando você queria. Foram anos sendo teu fetiche favorito, e assim vivemos até hoje, mesmo com você casada e eu, com dois filhos. O desejo é nosso modo de viver.