Francilene era uma moça trabalhadora que morava no Pirambu e ia trabalhar na casa de madame, todo santo dia no Meireles. Para ir ao trabalho, ela andava de Grande Circular. Ela odiava andar naquele ônibus, mas era o jeito.
Um certo dia, Francilene conheceu Chiquinho, quando voltava pra casa. A partir daí, conversa vai, conversa vem, e os dois começaram a namorar. Todo santo dia, ela pegava o mesmo ônibus, no mesmo horário, só para namorar o Chiquinho.
Perto do Natal, a chefe de Francilene resolveu liberá-la mais cedo, ela não queria, porque queria pegar aquele ônibus de 17 horas, mas resolveu ir. Iria avisar Chiquinho, mas o celular estava descarregado, então resolveu avisar quando chegasse em casa. Porém, algo mudaria sua vida naquele Grande de 14 horas.
Ao subir naquele ônibus, Francilene viu de longe Chiquinho aos beijos com outra mulher. Nunca se viu uma mulher passar tão rápido numa catraca. Ela passou e foi logo perguntando o que acontecia ali. A outra mulher, a Josenilda, perguntou a Chiquinho quem era aquela. O trocador gaiato resolveu se meter: “Essa é a namorada de 17 horas, Jô! Chiquinho tem uma namorada por cada volta que o Grande Circular dá!” As duas olharam com fúria para Chiquinho, que logo apertou o sinal e desceu do ônibus.
Depois do acontecido, Francilene e Josenilda resolveram fazer um grupo no Whatsapp chamado “As Enganadas por Chiquinho”, incluindo as namoradas de 11 horas e de 20 horas, Socorro e Vandisclaya. Além disso, todas passaram a andar de 092, para assim evitar de cruzar com o Chiquinho novamente naquele tal de Grande Circular.
Dexaketo 