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RESUMO

As únicas abordagens atualmente disponíveis para reduzir a transmissão da nova síndrome respiratória aguda grave de coronavírus – coronavírus 2 (SARS-CoV-2) são comportamentais: lavagem das mãos, etiqueta para tosse e espirro e, acima de tudo, distanciamento social. Os formuladores de políticas possuem uma variedade de ferramentas para possibilitar essas “intervenções não farmacêuticas” (INP), variando de simples incentivo e recomendações a regulamentações e sanções completas. No entanto, essas intervenções são frequentemente usadas sem evidências empíricas rigorosas: elas fazem sentido na teoria e modelos matemáticos podem ser usados ​​para prever seu provável impacto, mas com diferentes políticas sendo testadas em lugares diferentes – geralmente em combinações complicadas e sem avaliação sistemática e integrada -, não podemos atribuir com segurança qualquer redução determinada na transmissão a uma política específica.

Como muitas dessas intervenções diferem entre si em termos de custo econômico e psicológico – variando de muito baratas, no caso de intervenções baseadas em economia comportamental e psicologia, a extremamente caras, no caso de fechamento de escolas e empresas – é crucial identificar as intervenções que mais reduzem a transmissão ao menor custo econômico e psicológico. Os ensaios clínicos randomizados (ECR) são um dos vários métodos que podem ser usados ​​para esse fim, mas surpreendentemente receberam pouca atenção na atual pandemia, apesar de uma longa história em epidemiologia e ciências sociais. Descrevemos como os ECRs para os NPIs podem ser implementados de forma prática e ética em uma pandemia, como os modelos compartimentais da epidemiologia de doenças infecciosas podem ser usados ​​para minimizar os requisitos de medição.

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Autores: Johannes Haushofer, C. Jessica E. Metcalf

Ano 2020

Revista Science