Em reunião da noite da última quarta-feira (14), ficou definido que não haverá o tradicional desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial no Carnaval do Rio de Janeiro. A informação partiu da própria LIESA, que afirmou que os desfiles se tornaram inviáveis depois do corte de 50% da verba da prefeitura para as escolas de Samba. Segundo a mesma, o corte igualaria os valores usados em 2008.
Desde os anos 1950, todos os anos tivemos o desfile das Escolas de Samba no Grupo Especial, e a festividade costuma atrair dinheiro e público para a cidade, principalmente, ao setor turístico. Acredita-se em uma queda significativa de parceiros privados e na vinda de turistas na alta estação com a não realização do evento.
A decisão ainda não é definitiva, mas o presidente da LIESA disse que a situação dificilmente mudará, caso o prefeito mantenha os cortes. O valor repassado pela Prefeitura é o principal investimento dentro das Escolas.
A LIERJ, liga que organiza a “Segunda Divisão” do Carnaval, ainda não deu o parecer final se ocorrerá o seu desfile nos primeiros dias do Carnaval, a liga diz que está esperando o posicionamento final da Prefeitura. Ou seja, o risco de não a ver o desfile da Série A, também é evidente.
Em sua defesa, a Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que o dinheiro retirado ocorreu devido a grave crise financeira na cidade, e que os valores cortados das escolas de samba serão repassados para creches infantis. O interessante é perceber que os cortes ocorrem, exatamente, no setor em que a justiça vetou a entrada do filho do prefeito no cargo.