Nem uma dose da branquinha
ou de qualquer outra bebida
hoje me faz parar de chorar!
Ando meio sem saber o que fazer da vida
Sobre as minhas obrigações
e minha capacidade de realizá-las.
Hoje me acordei sem coragem
de me levantar
e dizer um “Oi” para o mundo
Não tenho mais forças para lutar,
meus sonhos são bastante exuberantes
diante a realidade que me assiste,
a qual não sei me retirar.
Sou poeta, compositor,
artista de última classe…
Não sei vender minha arte…
O peixe foge e eu não consigo pescar!
A carne apodrece e eu não sei vender!
Oh, meu Deus, porque nasci tão lerdo,
essa minha lerdice, me detona!
Nem mesmo encerrar essa poesia
conseguirei encerrar,
a tristeza já é tão grande
que em sono está a se transformar.
Estes são os meus últimos versos,
antes de ir dormir.
Amanhã ao me acordar
perceberei que sigo onde estou.
Pois só nos sonhos
minha vida consegue se transformar.


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