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É Verde O Sangue Que Corre Nas Veias – Capítulo 10

Logo É Verde o Sangue Que Corre Nas Veias

Chegamos ao último capítulo, exatamente no dia dos 100 anos do Palmeiras. Este capítulo será o mais paradoxo da história.

 

Em 1999, Giovanni, Ana Flávia e Ricardo estavam diante o sonho das Américas. Ana Flávia e Ricardo já estavam acostumados aos jogos da Liberta estarem no meio da Mancha e da multidão. Giovanni estava lá também. Aquela Liberta revelaria ao mundo um santo, um tal de Marcos, que pararia o Corinthians nas Quartas. Um tal de Alex, para faria o River Plate respeitar o Verdão e um tal de Oseas, que faria o segundo gol do Verdão, e levaria o jogo para os pênaltis, onde o Verdão veria Zapata errar, e conquistar a América. Giovanni não sentia tanta emoção desde 1951.

Mas o novo milênio chegaria … infelizmente …

Em 2002, o Brasil se sagraria pentacampeão mundial, Lula seria eleito, para alegria de Giovanni. Mas Prestes tinha uma notícia que mudaria a vida de todos. Prestes estava desempregado, a Parmalat estava fechando as portas e o Palmeiras perdendo dinheiro. O Brasileirão daquele ano marcaria o rebaixamento do Verdão para Segundona. Uma tristeza tão imensa que Giovanni não aguentou e morreu com seus 62 anos após a derrota pro Vitória.

 

Ana Flávia, Ricardo, Oseas e a Mancha Verde estiveram presentes em todos os jogos da Série B em 2003, quando o time cheio de garotos recolocou o Verdão de volta ao topo.

 

Ana Flávia daria continuidade a escolinha de seu pai, mas como se mudou para Fortaleza, montou esta na cidade do Sol. Nos anos seguintes, Ana Flávia ainda presenciaria o Mensalão, uma tristeza que mataria seu pai pela segunda vez se fosse vivo.

 

Em 2007, Ana Flávia voltou de Fortaleza para São Paulo. Separada de Ricardo, Ana Flávia viu seu filho dizer para ela que era corinthiano, e no mesmo ano, mangar do mesmo após o rebaixamento do Corinthians. O Guri se decepcionou tanto que voltou a ser alviverde e não deixaria mais de ser. Um ano depois, o Verdão voltaria a ganhar o Paulistão, e Ana Flávia sentiria muito a falta do velho Giovanni ali.

 

Em 2009, já amadurecida com seus 36 anos, porém ainda louca pelo Verdão, Ana Flávia já havia comprado a faixa de campeão brasileiro, quando o Palmeiras ‘entregou’ os pontos e acabou fora até da Libertadores.

 

No ano mais paradoxo, Ana Flávia voltava a ser mãe da bela Carolina, e comemoraria o título da Copa do Brasil na sala de parto. Prestes e Giuliana vieram morar no Brasil com Ana, e os três testemunharam mais um rebaixamento do Palmeiras. Ana Flávia ficou tão louca naquele dia após o jogo contra o Flamengo e o rebaixamento antecipado, que ficou tão chapada, que foi parar no hospital por coma alcoólico.

 

 Em 2013, o Palmeiras ganharia a Série B, e disputaria a elite no ano do Centenário. Mas no ano mais esperado da história do Verdão, a equipe se ‘argentinou’, mas continuou do ‘meio pra baixo’ na classificação.

 

Vários Giuseppes, Anas Flávias e Giulianos existirão nos próximos 100 anos do Palmeiras. Cada palestrino tem um pouco de cada um deste. O Mundo pode desmoronar, mas o amor pelo Palmeiras não se vai. Pode cair, pode subir, pode ganhar, seguir a tradição e ser campeão, mas quem é Palmeiras de verdade sempre será Palmeiras. Nos próximos 100 anos, vários títulos irão coroar as equipes que vestiram o manto, mas nada é mais valioso que o amor do Palestrino para o Palmeiras. Que nos próximos 100 anos, vários corações se pintem de verde e branco, que o Palmeiras continue nos seduzindo e encantando com esse jeito de ser Palmeiras. Que venham mais 100 anos, que venham mais centenas de títulos, que surja o alviverde imponente, para fazer a torcida cantar e vibrar.

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